quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Sustentabilidade na Moda: Sweatshops

Você já ouviu falar no termo sweatshops?


Sweatshop é um termo utilizado para designar qualquer ambiente de trabalho inaceitavelmente inadequado e/ou perigoso, em que funcionários trabalham por longas horas, recebem salários muito baixos e ficam expostos a materiais e situações perigosas. É comum relacionar o trabalho infantil nestes contextos. De forma geral, os trabalhadores são sujeitos a abusos de seus empregadores, e tem pouca ou nenhuma força de defesa.

O termo originou-se por volta de 1850, referindo-se à oficinas de fabricação de roupas que funcionavam em péssimas condições, sob orientação de um intermediário, chamado de “Sweater”.

Desde o princípio as sweatshops foram alvo de críticas dos líderes de trabalho, que apontavam os locais como lotados, mal ventilados, e inclinados à incêndios e infestações de ratos. Alguns dos primeiros críticos às sweatshops surgiram no século XIX, junto ao movimento abolicionista, quando se apontavam diversas similaridades entre a escravidão e as condições de trabalho nestas oficinas.


Enquanto os sindicatos e as leis trabalhistas fizeram as sweatshops (no sentido original) mais raras no mundo desenvolvido, elas não foram eliminadas, e o termo passou a ser cada vez mais associado à fábricas localizadas nos países em desenvolvimento.

Mais recentemente, surgiu o movimento anti-globalização, em oposição ao processo de globalização coorporativa, em que empresas multinacionais movem suas operações para o exterior a fim de reduzir seus custos de produção e otimizar lucros. O movimento anti-sweatshop tem muito em comum com o movimento anti-globalização. Ambos consideram sweatshops prejudiciais, e ambos têm acusado muitas empresas de utilizá-las em suas práticas.


Nosso papel enquanto consumidor crítico e responsável é de buscar informações sobre a origem do que compramos. Por isso é cada vez mais imperativo que as empresas mapeiem seus processos e os divulguem de forma transparente.

Não queremos nos cobrir com roupas que podem carregar uma história tão ruim. Queremos estar livres, leves e soltos para usar a moda a nosso favor!

Por Ana Murad.

Fotos: Getty Images.

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