Custo Brasil: vilão do luxo no Brasil
No atual momento, estamos vivendo o boom das marcas de luxo no Brasil. De pouquíssimos anos para cá, o país recebeu uma grande quantidade de marcas internacionais, até então inexistentes por aqui.
No atual momento, estamos vivendo o boom das marcas de luxo no Brasil. De pouquíssimos anos para cá, o país recebeu uma grande quantidade de marcas internacionais, até então inexistentes por aqui.
A razão da vinda dessas marcas é muito clara, já
que o mercado brasileiro se tornou uma alternativa significativa à crise
econômica, em especial, europeia. A expansão da classe média e o
aumento do poder de compra dos consumidores brasileiros, dentre outros motivos,
atraíram os olhos do mundo do luxo.
Muito já se fez: abrimos alguns shoppings de luxo
nas principais praças, trouxemos grandes grifes de fora... Mas estamos no
início do processo. Como será o desempenho dessas marcas por aqui e quanto mais
esse mercado irá se desenvolver, só com o tempo saberemos.
A pergunta é: será que nos preparamos como nação para receber estas “gringas”, ou melhor, será que nos organizamos, todos juntos, com o objetivo comum de aumentar e movimentar a economia do país, oferecendo condições mínimas satisfatórias a fim de pelo menos sustentar este novo mercado no Brasil? Será que conseguiremos segurar essas empresas por aqui?
E vamos combinar que se manter, não é o que nenhuma
empresa deseja, mas sim expandir seus negócios, e ver o seu mercado aquecido.
A grande barreira de entrada, de sobrevivência e
expansão para as grandes grifes internacionais se dá pelo famoso jargão “Custo
Brasil”. Altíssimas taxas de juros, excessiva burocracia para criação e
manutenção de empresas, assim como para importação e exportação são alguns dos
problemas estabelecidos pelo Governo Brasileiro.
O valor dos produtos de luxo vendidos no Brasil
chegam a 3 vezes o valor praticado na Europa ou Estados Unidos. Esse
excesso é visto como uma punição do nosso Governo não apenas a essas grifes,
mas também ao consumidor brasileiro, que se sente “seguro” de fazer este
consumo apenas quando viaja.
Naturalmente, o consumidor brasileiro tem uma vantagem ao comprar nessas marcas aqui no Brasil, que não podemos deixar de mencionar, que é quanto ao parcelamento. Sem dúvida, esse é o apelo que essas grifes têm para atrair o consumidor. Mas, mesmo assim, estamos falando de valores finais multiplicados por 3!
Naturalmente, o consumidor brasileiro tem uma vantagem ao comprar nessas marcas aqui no Brasil, que não podemos deixar de mencionar, que é quanto ao parcelamento. Sem dúvida, esse é o apelo que essas grifes têm para atrair o consumidor. Mas, mesmo assim, estamos falando de valores finais multiplicados por 3!
Podemos acompanhar na mídia diversos movimentos já
feitos por parte de algumas associações como, por exemplo, a ABRAEL (Associação
Brasileira das Empresas de Luxo), no sentido de apresentar ao Governo o
ganho para todas as partes ao se rever os atuais impostos abusivos.
Outro ponto a ser levado em consideração é que as
condições do nosso país não conseguem justificar em nada esse excesso. Quero
dizer, tanto condições de infraestrutura como de mão de obra, por exemplo.
Não pretendo expor aqui uma visão negativa do luxo
no Brasil, muito pelo contrário, é um mercado de fato muito promissor, um país
emergente, com consumidores que já conhecem e consomem, ou desejam
consumir os produtos e serviços de luxo. Portanto, potencial existe! Sim, e
muito! Mas é necessário que as políticas tributárias impostas pelo Governo
sejam revistas para viabilizar essa possibilidade, que deverá gerar ganho
para todos.
Texto: Eduarda Miranda
Um comentário:
A maior parte do povo brasileiro é avançado, enquanto o governo ainda é primitivo.
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